segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre "O menino que sobreviveu"



Eu comecei tarde, há dois anos e só comecei porque achava o ruivinho muito interessante, eu não acompanhei a trajetória dos longos dez anos, eu não acompanhei a ansiedade de esperar a chegada de um livro às livrarias, nem quando um capítulo ou outro vazava na internet, eu não fui ao cinema para ver pré-estréias, meu quarto não é cheio de pôsteres de revistas, nem de tolhas de casas, ou qualquer coisa parecida com isso, minha mãe nunca comprou nenhum livro para mim, na verdade ela nunca gostou que eu ficasse lendo o tempo todo. Eu tive que esperar, tive que descobrir a sensação da espera alguns anos depois, quando tudo já tinha acabado no livro, e quando estava tudo acabando com os filmes.

Mas, eu chorei... Eu chorei a cada capítulo final dos livros, a cada dedicatória, a cada grito de desespero de Harry, eu ri com Rony, e aprendi com Hermione e Hogwarts e sua história que não podia aparatar em Hogwarts.

Eu descobri o amor que faz com que uma mãe seja capaz de dar a vida para salvar seu próprio filho, o amor que faz com uma mãe crie muito bem SETE filhos, eu aprendi que amizades são para sempre, que confiança é uma relíquia. Eu, embora tarde, lutei com eles por Hogwarts.

São apenas dois anos eu sei, mas dói como por todos os outros oito que não vivi... Se me consideram menos fãs que os outros? Talvez! Mas, para mim, posso dizer com todas as letras que: Foram dois anos INTENSOS e se eu soubesse que seria tão bom, eu teria começado antes!

E digo com todas as letras, sou da geração Harry Potter sim, e tenho muito orgulho disso! E agradeço a J.K Rowling por ter criado um mundo onde mágica é possível, onde o bem SEMPRE, SEMPRE prevalece e o principal e mais importante: O AMOR SEMPRE VENCE! E essa foi e é a maior lição que essa saga vai nos deixar: O AMOR VENCE!

Nenhuma história morre, enquanto alguém quiser ouvi-la, as histórias que amamos vivem em nós para sempre, então, quando sempre que você voltar abrir os livros ou ver os filmes, saiba que Hogwarts sempre estará lá, para dizer “seja bem vindo”. (Parafraseando J.K. Rowling)

Ana Caroline.

domingo, 3 de julho de 2011

Cuida-te

Cuida-te para que te coração não sejas partido;
Cuida-te para que amanhã acordes sorrindo;
Cuida-te para que as lágrimas não machuquem tanto;
Cuida-te para que o teu sorriso sejas sincero;
Cuida-te para que não sofras;
Cuida-te para que sejas feliz.

Cuida-te para que possas perdoar aquele que te magoa;
Cuida-te para que possas ser perdoado;
Cuida-te para se perdoar

Cuida-te para que possas amar;
Cuida-te para que possas ser amado;
Cuida-te para se amar.

Cuida-te para lidar com teus próprios erros;
Cuida-te para lidar com quem erra contigo;

Cuida-te e todo cuidado lhe serás recompensado um dia...
Apenas, cuida-te

domingo, 26 de junho de 2011

Eu queria me apaixonar de novo...

Eu queria me apaixonar de novo não por o cara mais bonito da escola ou da faculdade ou do trabalho, eu queria me apaixonar por aquele cara mais tímido, aquele que fica geralmente sentando na cadeira sozinho, com o olhar absorto em alguma coisa, aquele que você venderia alguma coisa para saber o que se passa pela mente dele.

Eu queria me apaixonar de novo não pelo príncipe encantado que sempre aparece com cavalo branco... Fala sério isso é tão clichê é até difícil de acreditar ele existe – quando realmente não existe.

Eu queria me apaixonar por um cara simples, legal, que me fizesse sorrir quando lágrimas corressem por meu rosto, que me trouxesse chocolate nas minhas TPM’s, que me ajudasse a acertar quando eu estivesse errando, que tivesse defeito como todo e qualquer ser humano, que brigasse comigo quando eu quisesse ver um filme de romance justamente na hora do futebol.

Eu queria me apaixonar por um cara que não ligasse se eu estava de havaianas ou não, que me visse todos os dias de manhã e sorrindo me dissesse: “Você tá muito estranha” e me beijasse em seguida, sério! Ao menos ele seria sincero.

Sabe, eu não acredito em romances meia boca, para mim eles precisam ser práticos, diretos e verdadeiros, por isso eu me apaixonaria por aquele cara do ônibus com um sorriso bonito ou aquele que sabe que prefiro uma boa garrafa de coca-cola a flores.

Chega de romances clichês! Eu quero um romance de verdade com brigas e discussões, queria me apaixonar por um cara que me deixasse livre! Sim, livre! E que ao mesmo tempo soubesse que no final do dia era para os braços dele que eu correria.

Eu queria me apaixonar por um cara que não me entendesse por completo – esse seria gay -, nem que concordasse comigo o tempo todo – esse seria chato – que nem dissesse que me amava o tempo todo – esse seria chiclete. Eu queria me apaixonar por um cara que me olhasse nos olhos e dissesse que eu era o maior desafio da vida dele e que desvendar os meus mistérios era o maior presente que poderia ter.

Eu não preciso que diga que me ama, eu preciso que mostre que me ama.
Eu não preciso que fique no meu pé, eu preciso que diga que sente saudades.
Eu não preciso de apenas um beijo na boca, eu preciso saber o que existe por trás dele.
Eu não preciso que seja perfeito, eu preciso que seja eterno... Enquanto dure.

Ana Caroline

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Palavras não ditas.

"Ela entrou no ônibus e seus olhos encontraram os dele. Ele estava em pé, sozinho, observando-a. Ela sentou-se em uma das poltronas próxima à catraca, abriu sua bolsa pegou seu player e preparou alguma coisa para ouvir. Ele sentou-se ao lado dela e por alguns segundos a observou, ela notou. Seus ombros se tocaram, a pele nua e quente dele roçava na dela. Ela fechou os olhos e imaginou como seria o toque dele por seu corpo, a boca dele encontrando a sua, o choque entre os lábios... Os corpos em êxtase, suor, desejo, tensão. Suspirou. Ele a olhou de canto de olho, os olhos dela estavam fechados, sua boca levemente entre aberta. Ele sorriu, os lábios dela eram convidativos, o cheiro dela era embriagante e ele viu-se completamente envolvido. Ela, o cheiro, os olhos, os lábios. Desejou o modo mais insano que poderia imaginar e ela sentiu isso... Ele aproximou-se do ouvido dela e com um sussurro disse-lhe: “Quem sabe um dia”. Um sorriso surgiu nos lábios dela. Quem sabe um dia... Eles iriam se reencontrar de novo."

Ana Caroline

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mais uma de desamor

Ela sabia... No fundo ela sabia que algo estava errado, podia sentir dentro do seu peito, queimando feito brasa, machucando-a. Ele dizia que não... Que tudo estava bem, como todas às vezes, como todos os dias.

Ele acordou àquele dia, colocou a sua melhor roupa... Aquela bela camisa preta com listas brancas quase invisíveis que ela tanto gostava; a sua melhor calça, seu melhor perfume. Durante o caminho, ele comprou flores e chocolates e um bom vinho. Estava tudo bem...

Ela colocou um vestido simples, uma maquiagem não muito chocante, na verdade era uma maquiagem que revelava seu estado de espírito. Aquela sensação de que algo estava errado estava se tornando maior e insustentável, tentou camuflar, mas estava se tornando mais difícil, muito difícil.

Ele chegou, ela sorriu, ele entregou as flores, ela agradeceu... Pediu para qu’entrasse, ele sentou, ela comeu alguma coisa, ele bebericou o vinho, ela falou algumas palavras, ele a olhou confuso, ela olhou para o relógio, o tempo não passava. Ele a olhou nos olhos a última vez...

Ele levantou-se do sofá, passou a mão trêmula na cabeça... “Foi algo errado que fiz, algo que não fiz?” perguntou incrédulo. Ela balançou a cabeça negativamente, as lágrimas rolavam copiosamente do seu rosto, ele estava em pé, andando para lá e para cá, aquilo estava mesmo acontecendo?

“Existe outro alguém?” ele perguntou, ela negou... “Então por quê?” ele abaixou-se e fitou os olhos marejados dela. “Eu não sei” foi apenas o que disse. Ele levantou, seu coração sangrava, sua boca estava seca e seu espírito devastado pela dor. Deveria saber que aquilo estava acontecendo, deveria, mas não sabia.

A pequena linha tênue que os ligava foi quebrada assim que ele saiu batendo a porta, ela podia ouvi-lo batendo forte ao descer as escadas, poderia ouvi-lo gritar de dor, poderia sentir a dor dele e teve a certeza de que nunca mais o veria.

Ela continuou sentada no sofá, seu corpo tremia, sua respiração estava irregular, seus olhos estavam vermelhos, as lágrimas continuavam a correr, mas ela sabia que apesar de toda a dor, aquilo iria passar e tudo ficaria bem... Sim, tudo ficaria bem.

Ana Caroline