quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Patrimônio Mundial da Humanidade

Praça São Francisco
Acho que, nunca comentei com ninguém aqui sobre o meu orgulho de ser Sergipana né?! Pois então, eu digo que sou muito orgulhosa de ser sergipana e essa semana meu estado me deu mais um motivo de orgulho.

Há cerca de um ano, a cidade de São Cristóvão (para os desinformados a quarta cidade mais antiga do Brasil), tem sido cotada para ser Patrimônio Mundial da Humanidade. Na verdade, não a cidade, mas uma praça que mantêm traços ainda da colonização portuguesa, chamada Praça de São Francisco.

Essa semana saiu o resultado da Unesco e a Praça São Francisco foi tombada como Patrimônio Mundial da humanidade! Imaginem como fiquei feliz?

“Esta é uma vitória que resgata 450 anos de história. O berço de Sergipe virou Patrimônio da Humanidade”, com esta afirmação, o governador Marcelo Déda avaliou a importância da deliberação pela Unesco que escolheu o conjunto da Praça São Francisco, em São Cristóvão, para ser incluído na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. A afirmação foi realizada durante uma coletiva concedida no Palácio dos Despachos.

“São Cristóvão é o 18º município brasileiro a receber o reconhecimento internacional da Unesco, tendo a sua principal praça incluída nesta lista. Este título põe de imediato a cidade de São Cristóvão e o Estado de Sergipe sob os olhos de toda a comunidade internacional, já que a Unesco divulga de forma intensa estas áreas protegidas, além de mobilizar os governos e organismos nacionais e internacionais no sentido de preservar estes espaços”, frisou Déda, ao evidenciar a importância do trabalho de construção e consolidação da candidatura de São Cristóvão pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Governo do Estado.

Significado histórico

Segundo Déda, muito além de um conjunto de monumentos históricos, a Praça São Francisco é um registro da luta, inteligência e cultura dos sergipanos. “Quem edificou aquela praça foram nossos antepassados dentro de um processo histórico de consolidação da civilização sergipana. A construção de São Cristóvão e a edificação daquela praça registram o encontro das culturas entre europeus, índios que aqui habitavam, e os negros africanos trazidos como escravos, dentro de um processo muitas vezes dramático de ocupação do território brasileiro e sergipano”, contextualizou Déda.

A documentação que deu suporte à candidatura sergipana contava, inclusive, com registros históricos inéditos, recolhidos no Arquivo Histórico de Simancas, na Espanha, onde se comprova a relação entre a Espanha e a Capitania de São Cristóvão num documento de 1605. Este registro consolida a representação de um fenômeno singular no Brasil e nas Américas, que tem como contexto o período ímpar da aliança entre as coroas portuguesa e espanhola sobre o domínio do reinado de Felipe II (1580-1640), que determinou, inclusive, o peculiar traço arquitetônico da Praça São Francisco com nítida influência espanhola.

“Com esta decisão, nós tivemos o reconhecimento efetivo de que a história do povo de Sergipe é parte da história da humanidade”, disse o governador. Déda também fez questão de agradecer ao apoio do presidente Lula, e à colaboração dos ministros da Cultura, Juca Ferreira; das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao embaixador do Brasil na Unesco, João Carlos de Souza Gomes, e ao presidente do Iphan, Luiz Fernando Almeida, que defendeu pessoalmente a candidatura perante a comissão avaliadora, pela união de esforços concentrando a atuação dos organismos culturais e da diplomacia brasileira em torno da candidatura de São Cristóvão.


Talvez com isso, Sergipe não seja visto apenas como o menor estado da confederação, meu estado é lindo e tem muitos atrativos! Uma pena que os governantes não saibam explorar isso direito!

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