domingo, 26 de junho de 2011

Eu queria me apaixonar de novo...

Eu queria me apaixonar de novo não por o cara mais bonito da escola ou da faculdade ou do trabalho, eu queria me apaixonar por aquele cara mais tímido, aquele que fica geralmente sentando na cadeira sozinho, com o olhar absorto em alguma coisa, aquele que você venderia alguma coisa para saber o que se passa pela mente dele.

Eu queria me apaixonar de novo não pelo príncipe encantado que sempre aparece com cavalo branco... Fala sério isso é tão clichê é até difícil de acreditar ele existe – quando realmente não existe.

Eu queria me apaixonar por um cara simples, legal, que me fizesse sorrir quando lágrimas corressem por meu rosto, que me trouxesse chocolate nas minhas TPM’s, que me ajudasse a acertar quando eu estivesse errando, que tivesse defeito como todo e qualquer ser humano, que brigasse comigo quando eu quisesse ver um filme de romance justamente na hora do futebol.

Eu queria me apaixonar por um cara que não ligasse se eu estava de havaianas ou não, que me visse todos os dias de manhã e sorrindo me dissesse: “Você tá muito estranha” e me beijasse em seguida, sério! Ao menos ele seria sincero.

Sabe, eu não acredito em romances meia boca, para mim eles precisam ser práticos, diretos e verdadeiros, por isso eu me apaixonaria por aquele cara do ônibus com um sorriso bonito ou aquele que sabe que prefiro uma boa garrafa de coca-cola a flores.

Chega de romances clichês! Eu quero um romance de verdade com brigas e discussões, queria me apaixonar por um cara que me deixasse livre! Sim, livre! E que ao mesmo tempo soubesse que no final do dia era para os braços dele que eu correria.

Eu queria me apaixonar por um cara que não me entendesse por completo – esse seria gay -, nem que concordasse comigo o tempo todo – esse seria chato – que nem dissesse que me amava o tempo todo – esse seria chiclete. Eu queria me apaixonar por um cara que me olhasse nos olhos e dissesse que eu era o maior desafio da vida dele e que desvendar os meus mistérios era o maior presente que poderia ter.

Eu não preciso que diga que me ama, eu preciso que mostre que me ama.
Eu não preciso que fique no meu pé, eu preciso que diga que sente saudades.
Eu não preciso de apenas um beijo na boca, eu preciso saber o que existe por trás dele.
Eu não preciso que seja perfeito, eu preciso que seja eterno... Enquanto dure.

Ana Caroline

6 comentários:

  1. e eu naum queria estar apaixonada... não do jeito q estou...observando ele de longe, imaginando como é o seu abraço e como é ter a sua atenção. Tendo ele perto de mim literalmente mae ao mesmo tempo tendo um grande abismo entre nós dois. É, esse tal de amor não-correspondido é mesmo uma merda.

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  2. A Cah, acho que o SR. Amor anda de férias permanente nas minhas bandas... De qq forma, entendo o seu post e compartilho o seu sentimento!

    Só não quero pensar que seja eterno enquanto dure, pq isso me dá a sensação de que "estou começando pensando no fim"... sei lá!

    Adorei o texto! :D
    vc, como sempre, mto talentosa! :)

    Beijokas

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  3. Carol,

    Essa reflexão ficou bem interessante.
    Me fez lembrar um texto de outro blog que fala sobre os caras de hoje. Acho que todos eles deviam ler esses dois textos, pra se informar sobre as mulheres. rs

    Beijos!

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  4. ual, me apaixonei por vc agora. :D lindo o texto. emocionante.

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  5. engraçado... pensava hoje sobre como minhas convicções e razões estão mudadas. Achava que quando chegasse aos 30 tudo estaria mais claro, mais sólido. Por tudo quero dizer tudo mesmo... não no que concerne ao mundo palpável, mas sim às psicologias, apologias, crenças e convicções, sentimentos, emoções, paixões e certezas... mas agora aos 29, me parece improvável que tais certezas existam. Nunca fui muito romântico, pelo menos não externamente, mas internamente posso dizer que sim... sempre esperei poder encontrar a pessoa certa, aquela com quem chegaria à velhice, com quem dividiria desejos e sonhos, dores e conquistas... mas agora, aqui, depois de tantos passos, tantas tentativas, tantos pedaços deixados pelo caminho, minhas convicções sobre esse sentimento que atravessa eras através da pena de grandes escritores, estão fortemente abaladas.
    Não será esse sentimento o qual todos buscam avidamente, apenas ilusão, ou uma criação do próprio homem para iludir a si próprio?
    Vale a pena lutar por algo que custe tão caro?... E não é de fato uma luta? Não são palavras do poeta Djavan "...esqueço que amar é quase uma dor."
    Talvez esteja errado... no fundo sei que ainda espero encontrar essa "alma gêmea", (de-me a liberdade de, também, usar um clichê)... espero que o que me resta de esperança dure tempo o suficiente para encontrá-la.

    Felizes aqueles que ainda piamente creem...
    dialloger@gmail.com

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