segunda-feira, 19 de julho de 2010

A volta.

Esse texto eu escrevi há alguns anos atrás com minha amiga Jaqueline (@JackieTequilaaa), editei, mudei o nome dos personagens e algumas coisas e agora vou postar para vocês.
Eu intitulei "A Volta" e contém algo um pouco mais quente, diferente do que já tinha postado aqui no blog. Eu sinceramente espero que gostem.




A Volta


Depois de um tempo em que estivemos conversando sobre amenidades, um cheiro delicioso tomou conta do lugar.

- Cheiro bom – Comentei.

- Hum, acho que o nosso jantar está pronto. – ele comentou – vou colocar a mesa.

- Quer ajuda? - Perguntei levantando-me do sofá num sobre salto, ficar sozinha ali naquela sala, era confortável, mas eu não me sentia muito bem.

- Não, você é visita e visitas não tem direito de ajudar em nada – Ele indagou com um sorriso magistral, fazendo com que aquela cumplicidade me deixasse sem ação e incapaz de desobedecer.

Ele retirou-se do lugar e foi até a cozinha, para colocar a mesa o que não demorou muito, em torno de dez minutos ele estava de volta, pegou-me educadamente pelo braço e me levou até a sala de jantar.

A sala de jantar era linda, ele abaixara a luz, deixando apenas com que as velas fizessem a iluminação, com isso ele dava um ar aconchegante ao local. Tudo devidamente arrumado.

- Nossa – Falei estupefata – para uma pessoa que mora sozinha você tem um ótimo gosto.

- Bem, eu gosto dessa coisa rustica sabe. – Em me ofereceu a cadeira para sentar – Mas que bom que você gostou. - Dirigindo ao outro lado da mesa, ele me olhava de uma maneira terna e desejosa. – Espero que saborei, não é bem uma das minhas especialidades, mas é o que eu mais sei fazer.

- Sinceramente Caio...

- Sinceramente o que Maria? – ele a corta no meio da frase – ele estampou um sorriso incrivelmente lindo e sedutor.

Olhando para ele sorrindo daquele jeito eu não consegui segurar o ímpeto de comentar que o sorriso dele era lindo.

- Deveria sorrir mais, tens um sorriso muito lindo – “Não posso acreditar ele está tímido” pensei e realmente ele estava, aquele olhar tímido a deixou com vontade de descobrir o que realmente existia por trás de Caio, ele não era apenas um rapaz com histórias para contar, tinha algo mais e eu estava disposta a descobrir.

O jantar foi tranquilo, a conversa fluiu tão naturalmente que pareciam que nós eramos amigos de infância.

- Então, daí o Marcelo resolveu brincar de surf dentro do ônibus, nossa o motorista freou de um jeito e ele foi parar do outro lado. – Ele comentava alegremente sobre seu melhor amigo Marcelo.

- Nossa dá pra imaginar a cena, acredita que a Débora tem essas manias, logo quando ela estava aprendendo a dirigir, ela conseguiu entrar numa rodovia federal, nossa aquele dia foi hilário.

Enquanto conversávamos, notei que Caio não conseguia tirar os olhos de mim. - Gosta de dançar? – perguntou ele num sobressalto

- Dançar?? – Eu não esperava por aquele meio convite – Bem, eu gosto, mas naum sou muito boa. – respondi esboçando um sorriso contagiante no rosto.

- Então aprenderá – Ele levantou-se da mesa e foi até a sala de som, lá ele sintonizou uma de minhas músicas favoritas Savage Garden – I Knew I loved You. – Me dá a honra senhorita. – Ele estendeu a mão para mim.

- Claro cavalheiro.

Ele me conduziu até a sala de som, segurando-me pela cintura e vagarosamente ele movia o corpo impondo um ritmo suave para que eu me habituasse à dança.

- Dançar é uma coisa simples, deixe que a música penetre sua alma e a dança fluirá tão naturalmente que nem irá perceber. – Ele olhou fixamente em meus olhos e encostou um pouco mais o corpo dele sobre o meu.

Eu apenas assenti a cada movimento, aquela aproximação estava começando a ficar um tanto perigosa e ao mesmo tempo gostosa demais.

Senti o corpo dele tão próximo fez meu coração disparar de uma maneira louca, já tínhamos ficado próximo, já tínhamos até nos beijado, mas aquela aproximação era muito nova para mim, me causava sensações que jamais senti com ninguém. Naquele momento descobri que o deseja de uma maneira surpreendente, como jamais imaginei.

A música invadia a sala de uma maneira calma e suave, ele me conduzia como um verdadeiro cavalheiro, e de vez em quando até cantava, o que me provocava calafrios. - Nossa, seu cheiro – disse ele cheirando o meu cabelo, descendo para o pescoço – seu cheiro é maravilhoso, não sabe como eu senti falta do cheiro. – Erguendo meu queixo alinhou os nossos rostos. – Não sabe como está sendo maravilhoso está com você aqui agora. Sonhei com isso todo esse tempo em que esteve tão longe de mim. Tem sido um tormento sem fim.

Eu o olhava profundamente aqueles misteriosos olhos castanhos, eu queria acreditar que não era verdade, acreditar que não podia ser possivel, acreditar que aquele desejo tomava conta de todo o meu ser não era de verdade, mas os meus sentimentos me traiam. Aqueles olhos não mentiam, e o que eu mais queria era me entregar de corpo e alma aquele desejo.

Vagarosamente, eu encostei meus lábios no dele, fechei os olhos para pode sentir todo o sentimento que estaria ali, embalados pela música ele retribuiu de uma maneira doce e profunda, como nunca antes beijara alguém.

Enquanto ele me beijava um estranho e gostoso arrepio percorreu meu corpo, senti o coração dele descompassado assim como dela. Era uma coisa mutua incrível, nova. Por um instante nossos labios ficaram distantes um do outro, ele não conseguia simplesmente parar de olhar me olhar.

- Eu te desejo tanto – disse ele em um tom rouco e sensual – Fica comigo essa noite Maria – falava ele enquanto me beijava – Fica comigo essa noite, preciso de você, preciso de você. – Ele tomou os meus lábios de um modo mais intenso, eu nada fiz, apenas retribui e em um sussurro quase imperceptível aceitei. Sim, era o que eu mais queria aquela noite.

Movido por um desejo imenso, ele me pegou no colo e deitou-me no sofá, beijando de uma maneira louca e com uma necessidade incrivel, ele explorava minha boca, tirando pouco a pouco minha roupa, beijava meu pescoço, descendo até meu seio, explorando o mamilo com a lingua de uma maneira que me fez gemer de prazer. Extendendo o beijo ate minha barriga, chegando até a região do coz da minha calça, devagar ele abriu os botões dela, tirando-a, descobrindo assim minha feminilidade. Com os olhos cheios de desejo, eu o olhei ansiosa por seu próximo ato. Ele tirou minha calça e logo em seguida minha parte mais íntima, deixando-me totalmente vulnerável e despida. Caio contemplou meu corpo de uma maneira sutil e desejosa.

- Você é linda, linda – sussurrou ele voltando a me beijar com necessidade.

Eu gemia baixo a cada caricia, a cada toque dele, que esperava anciosamente. Tirei desesperadamente a camisa dele, pude finalmente contemplar aquele corpo que naquele momento era meu, ajudei-o a tirar a calça, percebi sua excitação e virilidade.

- Faça amor comigo, Caio – com os corpos explodido de desejo e excitação implorei – Por favor, me ame.

Protegendo-se, ele se apossou da minha boca, do meu corpo e da sua alma naquele instante nada mais importava, então me penetrou sutilmente, tomando conta do seu ser, amando-me de uma maneira extraordinária que nem eu mesma poderia imaginar que era possível, ela me recebeu com necessidade. Aumentando um pouco mais o ritmo, eu gemia, sentindo a sua movimentação dentro de mim, nunca em toda sua vida alguém me amou daquela maneira.

- Eu te desejo Maria – em meio de sussurros e gemidos ele me falou, deixando-me cada vez mais louca de paixão. Em certos momentos eu achava que era um sonho ou algo parecido.

Com movimentos mais rápidos e freneticos ele me amava, beijava meu corpo como se sua vida dependesse daquilo, ele me queira para sempre, e naquele momento eu o pertencia.

Quase enlouquecendo de prazer, nós chegamos juntos ao ponto alto do amor, tornando apenas um. Não existia mais ninguem, nem trabalho, apenas nós dois, suados entregues a uma paixão sem precedentes.
Caio me olhou fixamente e sorriu voltou a me beijar carinhosamente, depois encostou a cabeça no meu peito. – Promete ficar comigo para sempre – ele falou em um tom de voz tímido.

- Prometo meu amor, prometo – Eu disse adormecendo em seus braços.

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